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A escalada da violência nas escolas: impactos e medidas urgentes 3y26z

A violência nas escolas brasileiras tem se tornado cada vez mais preocupante, afetando estudantes, professores e toda a comunidade escolar. Mas o que explica o aumento desses ataques? 1b1u2b

Nos últimos anos, diversas tragédias foram registradas, com casos que resultaram em mortes e feridos. Segundo um levantamento recente, foram contabilizados 44 óbitos, sendo 32 alunos, seis funcionários e seis suicídios dos atiradores, além de 113 feridos.

📌 Dados que revelam o cenário alarmante:
– Dos 42 ataques, 33 ( 78,57%) tinham o objetivo de atingir o maior número possível de vítimas, enquanto nove ( 21,42%) foram direcionados a alvos específicos.
– Em 81,39% dos casos, os ataques ocorreram em escolas situadas em áreas com nível socioeconômico médio, médio-alto e alto.
– São Paulo concentra o maior número de ocorrências, com 10 ataques, seguido por Rio de Janeiro e Bahia, ambos com 5 casos.
– 78% dos autores desses ataques eram menores de 18 anos.
– Dos 45 responsáveis, apenas uma pessoa era do sexo feminino. O caso ocorreu em Natal, dezembro de 2024, quando uma estudante de 19 anos baleou um colega dentro da escola. Não houve mortes, e ela respondeu criminalmente como adulta.
– 43 escolas foram alvo de ataques, sendo que um único autor invadiu duas instituições (em Aracruz-ES). Do total, 23 eram estaduais, 13 municipais e 7 particulares.

O impacto na frequência escolar

No Rio de Janeiro, a violência também tem reflexos preocupantes. Em 2022, foram registrados mais de 4.400 tiroteios nas proximidades de escolas. A Zona Norte lidera os incidentes, com 1.714 ocorrências, seguida pela Baixada Fluminense, com 1.110 tiroteios. Já a Zona Sul, que tem menos escolas em áreas dominadas por grupos armados, registrou 29 instituições afetadas, com 86 episódios de violência durante o ano.

Os reflexos na frequência escolar são evidentes:
– Em 2009, 5,4% dos alunos do ensino fundamental e médio deixaram de frequentar a escola devido à sensação de insegurança.
– Em 2019, esse percentual dobrou, chegando a 11,4%.
– Uma pesquisa divulgada em 2023 revelou que 12,6% das escolas brasileiras sofreram ameaças ou tentativas de ataque violento nos 12 meses anteriores.

Medidas legislativas para enfrentar o problema

Diante da gravidade do cenário, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou uma proposta que torna agravante qualquer crime previsto no Código Penal quando cometido dentro de instituições de ensino. Além disso, o projeto estabelece o aumento das penas para crimes de homicídio e lesão corporal cometidos no ambiente escolar.

Hoje, o homicídio simples é punido com seis a 20 anos de reclusão. Com a nova proposta, se cometido dentro de uma instituição de ensino, a pena será de 12 a 30 anos, com possibilidade de aumento caso o crime seja praticado contra pessoas com deficiência, professores, funcionários da escola, parentes ou tutores.

No caso de lesão corporal dolosa, a punição poderá chegar a 12 anos de reclusão se resultar em morte.

A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) enfatizou a necessidade de garantir um ambiente escolar seguro, ressaltando que a insegurança tem afetado diretamente a presença dos alunos nas instituições de ensino.

A urgência de medidas eficazes

O avanço da violência nas escolas exige ações imediatas por parte das autoridades e da sociedade. Além de medidas punitivas, é essencial fortalecer a prevenção, com políticas que promovam a segurança, o e psicológico e o combate à cultura da violência no ambiente escolar.

📌 Com informações: G1, Senado Federal, UNICEF

Foto: Divulgação-Arquivo