Novas tarifas do IOF no Brasil afetam pequenas empresas e geração de empregos; especialista explica – Comando Notícia 491c1g
BrasilCidadesEconomiaPolítica

Novas tarifas do IOF no Brasil afetam pequenas empresas e geração de empregos; especialista explica 676h7

O recente anúncio do governo brasileiro sobre o aumento das tarifas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode representar alguns obstáculos ao ambiente de negócios em nosso país. A medida, que traz como justificativa central o reforço da arrecadação federal e o controle econômico, pode gerar efeitos negativos diretos sobre o planejamento financeiro, o o ao crédito e a competitividade das empresas — especialmente as de menor porte — segundo especialistas. 1p6b5g

Entre as principais mudanças estão o aumento das alíquotas de IOF sobre crédito empresarial de 1,88% para 3,95%, e para empresas do Simples Nacional, de 0,88% para 1,95%, no caso de operações até R$ 30 mil por ano. Cooperativas de crédito com movimentação superior a R$ 100 milhões também am a ser tributadas em 3,95%, enquanto microempreendedores individuais (MEI) terão condições específicas ainda não detalhadas.

Segundo Victoria Bouzas, sócia da ABAX Consultoria, o aumento das tarifas tende a elevar os custos de operações de crédito, câmbio e investimentos, reduzindo a liquidez das empresas e dificultando tanto a manutenção quanto a expansão dos negócios. “O IOF, na prática, funciona como um imposto adicional sobre a eficiência financeira das empresas, o que pode comprometer a inovação, o crescimento e até a geração de empregos no país”, explica.

A situação é ainda mais delicada para pequenas empresas, que dependem fortemente de crédito para manter suas operações diárias. “O aumento da alíquota penaliza quem mais precisa de financiamento. As grandes empresas têm mais estrutura para se adaptar, mas os pequenos negócios correm o risco de sufocamento financeiro”, complementa Bouzas. Ela defende que empresas revejam suas estratégias e busquem alternativas de gestão de risco para enfrentar esse novo cenário.

Embora o governo argumente que as mudanças são necessárias para fortalecer a arrecadação e manter o equilíbrio fiscal, a especialista alertaa que o efeito pode ser oposto no médio prazo. A redução na atividade empresarial e nos investimentos pode comprometer a arrecadação futura e agravar a estagnação econômica.

Além disso, as novas tarifas também atingem operações internacionais: compras com cartões internacionais terão alíquota elevada de 3,38% para 3,5%, assim como compras de moeda estrangeira e remessas internacionais, que arão a pagar 3,5% de IOF. Até mesmo empréstimos de curto prazo feitos no exterior por empresas brasileiras serão afetados.

“Diante dessas mudanças, é urgente discutir o equilíbrio entre política fiscal e incentivo ao setor produtivo. Medidas arrecadatórias de curto prazo não podem ignorar os riscos estruturais que impõem às empresas e à economia como um todo. Sem um ambiente que favoreça o crédito e a competitividade, o Brasil pode comprometer sua capacidade de crescimento sustentável”, finaliza a sócia da ABAX Consultoria.

Com informações: De Dídio Theorga – Abax Consultoria/Engaja Comunicação

Foto: Divulgação